sábado, 12 de maio de 2012


Liturgia Hoje
- Entre a Liturgia Moderna e a Teologia Litúrgica da Reforma -
por
Rev. Jônatas Abdias de Macedo


1. Introdução
“Muitas pessoas acreditam que Deus aceitará qualquer coisa oferecida por adoradores bem-intencionados. Está claro, porém, que a sinceridade não é prova de um culto verdadeiro. Qualquer culto anormal ou elaborado por conta própria são totalmente inaceitáveis para Deus” - John MacArthur Jr. [1]
“[...] mas o modo aceitável de adorar o verdadeiro Deus é instituído por ele mesmo e tão limitado pela sua vontade revelada, que não deve ser adorado segundo as imaginações e invenções dos homens ou sugestões de Satanás nem sob qualquer representação visível ou de qualquer outro modo não prescrito nas Santas Escrituras” - Confissão de fé de Westminster. [2]
“O calvinismo, com sua ênfase na centralidade das Escrituras, é mais do que um sistema teológico é, sobretudo, uma maneira teocêntrica de ver, interpretar e atuar na história” – Hermisten M.P. Costa. [3]

“Por que falar especificamente sobre liturgia, e não sobre culto?”, pode perguntar-se o leitor. Falar da liturgia como matéria de estudo separada apresenta-se uma tarefa desafiadora, instigante, controversa e até polêmica, entretanto,quase nada se conhece escrito sobre o assunto.
Neste ensaio não nos interessa estudar propriamente dita a teologia do culto, trabalhos capazes que a este mister se propõe têm suprido satisfatoriamente o quadro, de modo que não vimos a necessidade urgencial tal qual estudar liturgia é neste momento de nossa história. No entanto, nosso escrito versa sobre área específica da liturgia, que seria o modus operandi no qual se dá o culto. Então, trabalhar com liturgia é um modo de mostrar que é nesta área que fica mais evidente que a teologia do culto não têm sido corretamente compreendida e / ou praticada.
O entendimento errôneo dos conceitos acerca da liturgia e do culto têm aberto brechas para a entrada de “corpos estranhos” no culto presbiteriano reformado. Entrementes, alega-se, que estas mudanças não têm modificado a teologia da igreja; alegam que podemos abrigar dentro do vasto “guarda-chuva” presbiteriano uma imensidão variegada de liturgias e ainda assim não incorrermos no pluralismoteológico!
Hodiernamente, o culto têm sido tratado em função da liturgia, e a ênfase recai sobre este aspecto de modo muito constante. Algumas igrejas então, têm aberto mão de ter uma liturgia formalizada, com o objetivo de se livrar do incômodo estudo do assunto e de abrir mais espaço para uma pretensa ação do Espírito Santo.
Seria, então, importante tratar de liturgia? Talvez não o seria se não fosse por este motivo que por vezes igrejas se dividem; que pessoas abandonam as igrejas tradicionais; que se abandona a autoridade da Escritura (que não agrada todos os gostos pessoais); que se abre uma nova igreja ou funda-se outra nova denominação. Muito embora seja um problema que nos aflige e perturba, muito pouco tem se falado acerca deste assunto. “ Há explicações compreensíveis para este longo atraso, mas a negligência nesta área vital para a vida da igreja é inescusável e mesmo inacreditável ”. [4] Pretendemos então trazer interesse de estudo para esta área e contribuir, mesmo que singelamente, para um aprofundamento na matéria “liturgia”. Aqui propomos um estudo básico, esboçado, sobre o que a reforma trouxe nesta área e confrontar o nosso modelo com aquele e, reformular, interpretar e estudar, séria e comprometidamente, as implicações destes parâmetros para igreja moderna.

 

2. Definindo os Termos
“A Igreja Presbiteriana do Brasil, herdeira e defensora dos princípios Reformados, precisa avaliar a sua atual prática litúrgica. Precisamos definir e assumir a nossa identidade de culto” – Arival Dias Casimiro. [5]

Liturgia

A palavra liturgia significa, segundo o tradicional dicionário, o culto público e oficial instituído por uma igreja; um ritual ou cerimonial religioso [6]. A palavra liturgia tem sua origem primeira no gregoleitourgia (leitourgia) , que significa serviço ritual ou de outra natureza; um serviço prestado a alguém em necessidade, executar um serviço (religioso) [7]. A família leitourg - no uso grego-romano denota vários tipos de serviço público ou cívico, cúltico e secular. Os escritores do N.T, adotaram a terminologia em relação à compreensão cristã da responsabilidade perante Deus e da solicitude generosa pelos seres humanos. A palavra substantiva e seus correlatos verbais e nominais aparecem no Novo Testamento cerca de 15 vezes. [8]
“Liturgia” sempre que aparece no N.T. tem a conotação de serviço , ou de alguém engajado em um serviço de caráter sagrado; que pode ser traduzido por culto ou adoração. Não é exclusivo o uso da palavra liturgia para denotar serviço cúltico; entretanto, as palavras associadas ao sentido terão sempre conotação de serviço [9]. Note, por exemplo, que o conceito foi adotado pela cultura de língua inglesa a ponto de chamar o culto de serviço service ), em referência à palavra original e seu significado.
Dr. Hermisten Maia Pereira da Costa, identifica culto como liturgia, ou seja, culto é liturgia; entendendo até errôneo utilizar a expressão “liturgia do culto”. [10]
Define Dom Gregory Dix: “‘Liturgia' é o termo dado desde os tempos apostólicos ao ato em que juntos participamos no culto solene de Deus na qualidade de sociedade ‘sacerdotal' de cristãos, também chamada de ‘corpo de Cristo', e Igreja”. [11] O entendimento hodierno é que liturgia é aquele programa impresso que coordena os movimentos dentro do culto, que por vezes, torna o culto sem liberdade, frio e mecânico. Mas isto não é verdadeiro! Liturgia significa “pessoas trabalhando”, não pessoas se divertindo, se alegrando [12], fazendo o que bem entendem, antes, pessoas trabalhando conforme a vontade de Deus. Estar envolvido liturgicamente é estar trabalhando na adoração, no culto [13]. Concluímos: liturgia é a manifestação pública do encontro de Deus com seu povo. Liturgia é culto.

 

Culto
Muitos escritores têm se empenhado em definir o culto da maneira melhor possível. Por se tratar então de um aspecto tão debatido, a intenção aqui não é fornecer uma melhor definição, mas uma que seja coerente com a crença Bíblico-reformada. Podemos dizer que culto é o ato público de adoração a Deus. O artigo 7 da Constituição Presbiteriana, sobre o culto público diz: “ O culto público é um ato religioso, através do qual o povo de Deus adora o Senhor, entrando em comunhão com ele, fazendo-lhe confissão de pecados e buscando, pela mediação de Jesus Cristo, o perdão, a santificação da vida e o crescimento espiritual. É a ocasião oportuna para a proclamação da mensagem redentora do Evangelho de Cristo e para a doutrinação e congraçamento dos crentes. ” [14]
Culto é a reunião do Povo de Deus, com o Seu Deus, onde: o povo se apresenta diante do seu Criador-Redentor e oferece adoração, e Deus recebe nossa solenidade falando-nos viva e profundamente através da exposição fiel de sua Palavra. Dr. Valdeci dos Santos afirma que “... o culto cristão é a dedicação de nós mesmos a Deus com aceitação de sua paternidade, soberania e misericórdia, e exultante reconhecimento de sua glória, majestade e graça. O culto cristão é prestado espiritualmente, com o auxílio do Espírito Santo; tem Jesus Cristo como único mediador, e baseia-se no conhecimento verdadeiro de Deus”.[15]

 

3. Igreja: Organização Litúrgica.

“Há inerentemente em todos os homens uma forte e indelével convicção de que devem cultuar a Deus. Indispondo-se em adorá-lo de maneira pura e espiritual, torna-se compulsória que inventem como substitutiva alguma aparência quimérica; e por mais claramente sejam persuadidos da vaidade de tal conduta, persistem até ao fim, porquanto se esquivam da peremptória renúncia do serviço divino. Conseqüentemente, os homens se encontrarão sempre devotados a cerimônias até que sejam trazidos ao conhecimento daquilo que constitui a religião verdadeira e aceitável.” – João Calvino [16.

Para os luteranos, o inimigo da fé eram as “obras”. Para os Reformados, a “idolatria”. – Terry L. Johnson
Que importância tem a adoração e o culto? Se vamos tratar de liturgia, precisamos ordenar nossa escala de importância. Sendo assim, em que lugar ficaria o culto comparando com outras várias atividades da vida?
Nada do que fazemos é mais importante do que a adoração. Cultuar é a razão de ser da Igreja [17]. Podemos identificar esta realidade pelas palavras de Jesus quando tentado por Satanás a inclinar-se perante ele em adoração ordenou-lhe: “Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto [18]” (Mt 4.10). Ou ainda quando em João 4 é registrado a conversa de Jesus com a mulher samaritana, onde o evangelho é apresentado na perspectiva do culto: Um culto agradava a Deus, era legítimo; o outro, sombra do verdadeiro. Era muito crucial uma discussão de “liturgias” pois estas separavam samaritanos de judeus. Warfield observou: “Nenhum homem pode excluir-se dos cultos regulares da comunidade à qual pertence, sem sérios prejuízos para sua vida espiritual pessoal” e “nem o indivíduo mais santo pode se dar ao luxo de dispensar as formas regulares de devoção, e que o culto público regular da igreja, apesar de todas as sua imperfeições e problemas localizados, é a provisão divina para o sustento da alma”. [19]
Para espanto de muitos, nada, nem mesmo o trabalho evangelístico ou serviço social é mais importante do que a adoração. Missões e evangelismo são necessidades temporais, mas adoração é eterna. De modo algum eu estaria defendendo a idéia de que evangelização é algo acidental na vida da Igreja, irrelevante, sem importância ou qualquer coisa do gênero! Penso aqui em qual seria o propósito da evangelização senão atingir o alvo principal da glorificação de Deus! [20] No texto de João 4.23, Jesus diz que o Pai “procura” verdadeiros adoradores. É desta forma que Jesus configura a atividade redentora do Pai. Ele busca adoradores! A finalidade do evangelho é tornar pecadores em santos, a fim de serem adoradores [21]. Se há um trabalho na igreja que cessará na eternidade, este será o evangelismo; pois a óbvia conclusão se nos é colocada: no céu não haverá almas perdidas para levar a Cristo. [22]
Quando alguns, porém, tentam reformular esta teologia escriturística à luz das missões ou qualquer outra área, terão seus princípios vinculados a linhas mestras estranhas às Letras Sagradas, no sentido de que todas são importantes, mas nem todas questões de princípio. “O culto, e mesmo a própria teologia, da qual as normas do culto deveriam surgir, são afetados pelo meio geográfico, racial, social e político [23] ”, e se estes elementos são as nossas lentes, então será este o resultado: Uma igreja direcionada para o homem, em busca do homem, comprometida em resolver os problemas do homem; não uma igreja que procura de modo quase insaciável a honra e glória do nome de seu Deus, se indagando constantemente “estaria Deus feliz com meu modo de pensar, agir, sentir, cultuar...”
Terry Johnson ressaltou muito bem isto: “[...] A adoração é nossa ‘prioridade máxima' [...] Não somente a Bíblia que enfatiza a importância da adoração; a herança Presbiteriana e Reformada faz o mesmo. Muitos historiadores modernos do período da Reforma têm feito com que a personalidade marcante de Lutero... acabe obscurecendo o coração da Reforma Suíça e Calvinista. [...] O foco deles era a adoração. ‘Como Deus deveria ser adorado?' constituía a pergunta crucial...” [24]. A Questão crucial então para o início de uma discussão sobre a necessidade, importância e prioridade que a igreja deve dar ao culto é delimitar claramente quem é servido e quem serve no culto, quem é cultuado e quem é o “ cultuador ”, e colocando os pesos na balança, chegar a uma conclusão; é entender qual é o sublime e santo desafio da igreja neste mundo de trevas, neste vale de lágrimas!
Poder-se-ia ainda dizer muito acerta deste assunto, entretanto, uma vez que entendemos que o culto, a adoração, é o interesse primeiro da igreja como comunidade escolhida por Deus para proclamar as virtudes daquele que a chamou, é mister fazer uma direta ligação com a liturgia, uma vez que é ela expressão do entendimento e teologia do nosso culto.
Preocupar-se então com a liturgia é oportuno, uma vez que este estudo dar-nos-á uma direção para aquilo que tanto ansiamos: cultuar o Deus Vivo! E como só adora a Deus quem o conhece [25], a igreja tem o dever de se esmerar no estudo de como Deus deseja ser adorado. A igreja é uma comunidade adoradora; deve ser especialista nisto, portanto, deve buscar meios cada vez mais eficazes (eficiência significa fidelidade absoluta) de cumprir sua nobre tarefa. Nos empenhamos em dizer, então, que a igreja é uma comunidade comprometida com sua liturgia, para que seu culto expresse a glória do Adorado, e a obediência dos adoradores. Deus se importa tanto com o espírito da adoração quanto com a forma e o conteúdo. Um culto pode ser sincero e ainda sim, sinceramente errado ; ao oferecer uma adoração que Deus nunca homologou [26] em sua Palavra revelada! “A forma é importante sim. Jesus disse que a adoração tem de ser conduzida por ambos: atitude correta e forma correta, isto é, em espírito e em verdade”. [27]
A igreja é uma comunidade litúrgica, está comprometida com a liturgia e o estudo da mesma, biblicamente fundamentado não é somente útil, mas necessário!

NOTAS:
[1] - John MacArthur Junior, Redescobrindo o ministério Pastoral, p. 261
[2] - Confissão de fé de Westminster, Cap.XXI, §1.
[3] - Hermisten M.P. Costa , Curso Introdutório de Homilética , 2001, p. 18 (Curso promovido pelo conselho da Igreja Presbiteriana Ebenézer, Osasco, SP – 8-11/01-01)
[4] - Carl Joseph Hahn , História do Culto Protestante ,; Ed. Aste, p. 27
[5] - Charles W. Baird, A Liturgia Reformada , 2001, p. 06 (Prefácio à tradução brasileira).
[6] - Dicionário Aurélio e Multidicionário e redação Mérito Escolar – liturgia.
[7] - “‘Leitourgeo' vem de ‘laos', povo, e ‘ergon', trabalho; o que se faz em benefício da comunidade. Significa, portanto, prestação de serviço público, nobre ou não, tanto no palácio real como no templo. “Leitourgos”, no âmbito religioso, era quem se dedicava exclusivamente ao serviço do templo quer na ordem cerimonial e ritual quer na manutenção e administração do imóvel, dos móveis e dos objetos consagrados a Deus e destinados ao culto.” Onézio Figueiredo, O Culto – Opúsculo II , p. 3
[8] - Hb 1.7 (leitourgouz), 1.14 (leitourgika); 8.2 (leitourgon), 8.6 (leitourgiaz); 9.21(leitourgiaz); 10.11 (leitourgwn); At.13.2 (leitourgountwn); Lc1.23 (leitourgiaz); IICo9.12 (leitourgiaz); Fp2.17 (leitourgia), 25 (leitourgon), 30 (leitourgiaz); Rm 13.6 (leitourgoi); 15.16 (leitourgon); 15.27 (leitourghsai).
[9] - Concorda o Rev. Onézio Figueiredo: “Todas as palavras gregas para culto significam trabalho, serviço prestado a um superior, serviço prestado a Deus”. O Culto - Opúsculo II , p. 3
[10] - “A liturgia é o serviço religioso de adoração ao Deus triúno. Portanto, não pode haver culto sem liturgia; nem liturgia sem culto, pois, culto é serviço religioso, e serviço religioso é liturgia. Logo, culto é liturgia! Deste modo, não devemos falar, como acontece com tanta freqüência, de ‘liturgia do culto', isto é um exercício tautológico desnecessário e, pior, empobrecedor do significado do culto.” Hermisten M.P. Costa , Princípios Bíblicos-Reformados da Adoração Cristã , 2002, p. 33 (Anotações de aula na disciplina Teologia do Culto).
[11] - Dom Gregory Dix, Estudos de Liturgia e Arte, 1, liturgia e Ação Eucarística (Liturgia e Forma) , Tradução de Jaci Maraschin, Instituto ecumênico de Pós-graduação em Ciências da Religião (IMS), p.1.
[12] - Muitos, modernamente, entendem que culto é “invocação da divindade”, para que o Deus invocado se coloque a serviço dos invocadores. Outros pensam que culto é uma festa espiritual com o objetivo de alegrar os fiéis. Quanto mais festivo, mais “espiritual” é o culto, pensam os ludinistas. Os idólatras acham que culto é veneração e adoração do divino consubstanciado ou materializado em ícones, que lhes servem de símbolos e objetos de fé ”. Onézio Figueiredo, O Culto – Opúsculo II , p. 3

[13] - 
“Quando trabalhamos no culto, nós, na verdade, expressamos a dignidade de Deus. Entretanto nós, trabalhadores , somos indignos, por natureza, para expressar a dignidade de Deus. Como, então, nós que somos indignos, podemos expressar dignidade? Esse tem sido o problema básico da liturgia e do culto desde a entrada do pecado até agora”. Gerard Van Groningen, As Influências do Culto do Antigo Testamento na Liturgia, www.ipcb.org.br
[14] - Manual Presbiteriano, 15ª edição, São Paulo: Cultura Cristã,1999.
[15] - Valdeci dos Santos , op.cit. , p.21 .
[16] - João Calvino , O livro dos Salmos , Vol. 2, (Sl 50.14), p. 407-408.
[17] - I Pe 2.9-10
[18] - Culto: latre b sei - serviço - servirás
[19] - Hermisten M.P.C. A igreja de Deus. P. 61
[20] - “O que deveria ser secundário, com freqüência é tomado como principal. O que deve servir de meio é considerado como fim. Os cristãos se reúnem na Igreja para alegria dos santos. Isso, por certo é bom, na medida que é assim, porem isso não é suficiente. Os cristãos devem ir à igreja para ter comunhão com Deus. Se celebram os cultos de adoração com a esperança de que os pecadores sejam salvos através da pregação da Palavra de Deus, não há dúvida que isto é bom; porém, não podemos nos esquecer que a salvação dos pecadores é um meio para glorificar a Deus.” R.B. Kuiper, El Cuerpo Glorioso de Cristo ,p. 327-328.
[21] - “A finalidade ou propósito do evangelismo e de missões é criar um povo para adorar a Deus.” Terry L. Johnson , Adoração Reformada . p. 23
[22] - “Missões não é o objetivo principal da igreja, mas sim a adoração. Missões existem porque Deus é o alvo e não o homem. Quando esta era passar e os incontáveis milhões de redimidos caírem com o rosto em terra diante do trono de Deus, não haverá mais missões. Trata-se de uma necessidade temporária, mas a adoração existirá para sempre.” John Piper, Let The Nations Be Glad, The Supremacy of God in Missions . [Apud. Terry L. Johnson, Adoração Reformada . p .23]
[22] - Carl Joseph Hahn , História do culto protestante no Brasil, p. 29
[23] - Terry L. Johnson , Adoração Reformada . p. 23-24.
[24] - É o centro de nossas vidas: adorar o Deus vivo! Mas para isso é mister ter um conhecimento profundo de Deus, pois é a natureza de Deus que determina o culto que lhe devemos prestar. (Jo 4.22-24) Jesus Cristo colocou, de forma inquestionável, a possibilidade de uma falsa adoração: adorar a Deus sem conhecê-lo. Repreendendo a mulher samaritana, Ele disse: “Vós adorais o que não conheceis”. O verdadeiro conhecimento de Deus, portanto, é básico para a verdadeira adoração. Calvino acrescenta: "Devemos ter sempre em mente que Deus não pode ser corretamente adorado a menos que Ele seja conhecido". (At 17.23). Quanto mais conhecermos a sua natureza, o seu caráter, melhor lhe prestaremos culto!
[25] - Todo o presente estudo se baseia na aprovação homologada de Deus na Palavra. Portanto, uma explicação: Homologação: do grego o``mologe,w : prometer, assegurar, concordar, confessar, declarar, reconhecer, dizer claramente, homologar. Homologar, segundo o dicionário Aurélio seria: Confirmar ou aprovar por autoridade judicial ou administrativa; e segundo o Multidionário Mérito Escolar: Aprovar; Conformar-se com. O Ato de homologar consiste em: seguindo o propósito de atingir uma determinada expectativa, testar, conferir e aprovar depois de minucioso estudo, certo produto ou ação que atinja concreta e plenamente o objetivo proposto. Pessoas que professam crer em Deus têm que ter certeza absoluta que as coisas que fazem e realizam tem a aprovação de Deus, antes de fazê-la ou realizá-la. No culto qualquer ato humano deve refletir um mandato bíblico e nunca um capricho baseado em gostos particulares! Gostos e desejos, prazeres e sensações puramente, estão descartados como requisitos para a homologação de qualquer ato litúrgico. O ato litúrgico deve, por definição, ao meu ver, ser homologado, isto é, ser reconhecido claramente ou deduzido com certa clareza e facilidade, na Escritura de modo que fique inconteste sua aprovação Divina, dirigindo assim nossa atitude para alinhavar-se com o que Deus mesmo já aprovou e assegurou estar em total conformidade com sua vontade.
[26] - Terry L. Jonson, Adoração Reformada , p.30. “A linguagem do consentimento racional é trocada pela linguagem da estética. Em vez de dizer:'Eu concordo com aquilo que aquela igreja ensina', as pessoas dizem:'Eu gosto daquela igreja'. Em lugar de dizer:'Creio em Jesus' as pessoas dizem:'Gosto de Jesus'. É claro que geralmente não ‘gostam' dos ensinos bíblicos sobre o pecado, o inferno e o juízo final. Não acreditam naquilo de que não gostam. A verdade dá lugar ao prazer; o intelecto é substituído pela vontade”. Gene Edward Veith, Catequese, Pregação e Vocação in: Reforma Hoje , p. 80.


›› Agradecemos ao autor, Rev. Jônatas Abdias de Macedo, pelo envio e permissão da publicação do presente artigo.

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quarta-feira, 2 de maio de 2012

OS 7 PECADOS


7 Pecados

Você sabe o quais são e aonde na bíblia mostra os 7 pecados?
Veja a lista com os 7 pecados e os versículos relacionados a eles.

Espero que este artigo sobre os Sete Pecados Capitais seja benção na sua vida e que outros sejam abençoados por você através dessa mensagem. O principal de saber quais são os pecados não é para que você carregue um peso sobre sua vida mas para que você seja livre dessas coisas que nos aprisionam, seja livre JESUS é poderoso para nos perdoar de todo e qualquer pecado!
"Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça." 1 João 1:9

VERSÍCULOS SOBRE SOBERBA

pecados capitais - soberba

1. Soberba: É quando somos orgulhosos e nos achamos melhor do que todos, não respeita os outros e passa por cima de qualquer um que estiver ao seu redor. Você se coloca no lugar de Deus pois a glória de tudo vai para você mesmo!
“Porquanto qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado.” Lucas 14:11

"Onde está, então, o motivo de vanglória? É excluído. Baseado em que princípio? No da obediência à lei? Não, mas no princípio da fé." Romanos 3:27

"Cada um examine os próprios atos, e então poderá orgulhar-se de si mesmo, sem se comparar com ninguém, pois cada um deverá levar a própria carga." Gálatas 6:4-5

VERSÍCULOS SOBRE AVAREZA

pecados capitais - avareza
2. Avareza: Quando amamos o dinheiro e temos apego às coisas materiais. Você acredita que para ser feliz precisa apenas de dinheiro e acha que as riquezas deste mundo podem preencher o vazio do seu coração. Você passa a amar as coisas e usar as pessoas. Seu deus se torna o dinheiro. 
"Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro". Mateus 6:24

"Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores." 1 Timóteo 6:10

"E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me. Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuía muitas propriedades." Marcos 10:21-22

VERSÍCULOS SOBRE LUXURIA

pecados capitais - luxuria
3. Luxúria: Sua vida gira ao redor do apego aos prazeres sexuais. Quando por exemplo você vê uma pessoa e já pensa em sexo. Exemplo da luxúria são: o adultério(traição) e a fornicação (sexo no namoro ou sexo fora do casamento), cobiçar a mulher/homem do próximo, a masturbação, o homossexualismo e lesbianismo, a zoofilia(sexo com animais).

"Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela." Mateus 5:27-28

"Vocês não sabem que os seus corpos são membros de Cristo? Tomarei eu os membros de Cristo e os unirei a uma prostituta? De modo nenhum! Vocês não sabem que aquele que se une a uma prostituta é um corpo com ela? Pois, como está escrito: 'Os dois serão uma só carne'" 1 Coríntios 6:15-16

"Onã, porém, soube que esta descendência não havia de ser para ele; e aconteceu que, quando possuía a mulher de seu irmão, derramava o sêmen na terra, para não dar descendência a seu irmão. E o que fazia era mau aos olhos do SENHOR, pelo que também o matou." Gênesis 38:9-10

"A vontade de Deus é que vocês sejam santificados: abstenham-se da imoralidade sexual. Cada um saiba controlar o próprio corpo de maneira santa e honrosa,..." 1 Tessalonicenses 4:3-4

"Por causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. Da mesma forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão." Romanos 1:26-27

VERSÍCULOS SOBRE IRA

pecados capitais - ira
4. Ira: Você pode até se irritar, ficar nervoso, mas não pode agir movido por está ira e descontar sua raiva em pessoas ou coisas.
"Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar." Tiago 1:19

"Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus." Tiago 1:20

"Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira." Efésios 4:26

VERSÍCULOS SOBRE GULA

pecados capitais - gula
5. Gula: Quando você come além do que te satisfaz, podendo até passar mal. Quando já comemos o suficiente e ainda comemos o bife do outro deixando-o sem comida. (Filipenses 3,19; Isaías 5,11)

"Quanto a estes, o seu destino é a perdição, o seu deus é o estômago e têm orgulho do que é vergonhoso; eles só pensam nas coisas terrenas." Filipenses 3:19

"Olhai por vós mesmos; não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e aquele dia vos sobrevenha de improviso como um laço." Lucas 21:34

VERSÍCULOS SOBRE INVEJA

6. Inveja: é um sentimento de tristeza quando o que o outro tem algo que você não tem. Este sentimento gera o desejo de ter exatamente o que a outra pessoa tem(pode ser tanto coisas materias como qualidades). A inveja pode ser definida como uma vontade frustrada de possuir os atributos ou qualidades de um outro ser, pois aquele que deseja tais virtudes é incapaz de alcançá-la, seja pela incompetência e limitação física, seja pela intelectual.
"Não tenhas inveja dos homens malignos, nem desejes estar com eles." Provérbios 24:1

"O sentimento sadio é vida para o corpo, mas a inveja é podridão para os ossos." Provérbios 14:30

"Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos ímpios,..." Provérbios 24:19

"O furor é cruel e a ira impetuosa, mas quem poderá enfrentar a inveja?" Provérbios 27:4

"Não tenhas inveja do homem violento, nem escolhas nenhum dos seus caminhos." Provérbios 3:31

"O teu coração não inveje os pecadores; antes permanece no temor do SENHOR todo dia." Provérbios 23:17

VERSÍCULOS SOBRE PREGUIÇA

pecados capitais - preguica
7. Preguiça: é quando temos falta de disposição e queremos apenas ficar sem fazer nada, não nos dispomos a ajudar ou trabalhar. 
"O preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono?" Provérbios 6:9

"Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos, e sê sábio." Provérbios 6:6

"A alma do preguiçoso deseja, e coisa nenhuma alcança, mas a alma dos diligentes se farta." Provérbios 13:4

"O preguiçoso esconde a sua mão ao seio; e não tem disposição nem de torná-la à sua boca." Provérbios 19:24

"Diz o preguiçoso: Um leão está lá fora; serei morto no meio das ruas. Provérbios 22:13"

"Mais sábio é o preguiçoso a seus próprios olhos do que sete homens que respondem bem. Provérbios 26:16"

"O caminho do preguiçoso é cercado de espinhos, mas a vereda dos retos é bem aplanada. Provérbios 15:19"